Fiocruz Mato Grosso do Sul passa integrar Rede Genômica
Thayssa Maluf (Fiocruz Mato Grosso do Sul)
Em um avanço significativo no campo da biologia molecular e sequenciamento, a Fiocruz Mato Grosso do Sul instalou uma plataforma de última geração na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). O principal objetivo dessa iniciativa é contribuir para o estudo das características genéticas de patógenos que circulam no estado e que podem eventualmente afetar a saúde de seres humanos e animais. Desde o início dos sequenciamentos em Mato Grosso do Sul, foram sequenciadas 79 amostras de pelo menos três municípios – Campo Grande, Corumbá e Três Lagoas.
“Como parte integrante da Rede Genômica Fiocruz, a Fiocruz Mato Grosso do Sul tem desempenhado um papel ativo na vigilância genômica do vírus Sars-CoV-2. A instituição tem sido fundamental no monitoramento e análise do perfil genético do vírus para compreender seu comportamento e rastrear possíveis mutações ou variantes”, afirma a coordenadora de Pesquisa da Fiocruz Mato Grosso do Sul e pesquisadora em Saúde Pública, Zoraida Fernandez Grillo, responsável pela coordenação da iniciativa.
Com a nova plataforma em funcionamento, a Fiocruz Mato Grosso do Sul está equipada com capacidade tecnológica avançada para aprimorar suas pesquisas e análises no campo da biologia molecular. Esse avanço fortalece a capacidade da instituição de monitorar e compreender os perfis genéticos dos patógenos prevalentes no estado, garantindo medidas eficazes e oportunas para a proteção da saúde pública. Assim, a participação da Fiocruz Mato Grosso do Sul na Rede Genômica faz parte da iniciativa internacional de acesso aberto a informações sobre os genomas do banco de dados. A Rede fornece capacitação e suporte técnico em sequenciamento e geração de dados para técnicos e especialistas de instituições de todo o país e da América do Sul a partir de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
“Quando investimos em infraestrutura de ponta e reunimos uma equipe competente, a Fiocruz Mato Grosso do Sul está contribuindo ativamente para o campo mais amplo da genômica e fortalecendo a capacidade de combater doenças infecciosas. Os esforços desses profissionais são essenciais para o avanço do conhecimento científico, orientação das estratégias de saúde pública e proteção do bem-estar da comunidade”, destaca a pesquisadora. A equipe também é composta pelos biológo Daniel Máximo Alcântara e Jaire Marinho, pela médica veterinária Camila Maria dos Santos e pela enfermeira Camila Aoyama.
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