Carta aos editores do periódico Journal of Infection contribui com a compreensão do cenário da VOC Gama (P.1) no Brasil pela comunidade internacional
A segunda onda da pandemia de COVID-19 no Brasil foi especialmente marcada pela circulação e eventual dominância da VOC Gama (chamada inicialmente de P.1). Isolada pela primeira vez em amostras clínicas de um grupo de japoneses que retornavam de uma viagem de trabalho a Manaus, a Gama rapidamente se espalhou pelo estado do Amazonas — tendo sido a principal responsável pela crise sanitária entre o final de 2020 e o início de 2021 — e, posteriormente para outros estados brasileiros, tornando-se também uma das principais variantes de circulação intercontinental.
A carta aos editores aqui resumida compartilha com a comunidade internacional alguns dados sobre a vigilância da P.1 no Brasil, recontando passos prováveis de sua história evolutiva e classificação filogenética, mencionando o surgimento próximo da VOI P.2 e destacando algumas características já observadas de mutações apresentadas pela Gama, que estão associadas, nesta e em outras VOCs a uma maior transmissibilidade e, consequentemente, a um maior risco à saúde coletiva.
Barbosa GR, Moreira LVL, Justo AFO, Perosa AH, de Souza Luna LK, Chaves APC, Bueno MS, Conte DD, Carvalho JMA, Prates J, Dantas PS, Faico-Filho KS, Camargo C, Resende PC, Siqueira MM, Bellei N. Rapid spread and high impact of the variant of concern P.1 in the largest city of Brazil.